sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Estava sentada, olhei sobre ombro e vi que ele vinha em minha direção. Senti um pontinha de frio na barriga, mas continuei fingindo que não o tinha visto. Ele chegou, parou do meu lado e sentou também. Me olhou por um momento, e então, eu encontrei seus olhos.

- Porque está fazendo isso?

- Isso o quê? - Perguntei um pouco espantada.

- Você me vê de longe e finge que não conheçe, só me da ”oi” quando nos encontramos por acaso, creio eu que seja por mera educação. Por quê?

- Eu sei que pode parecer clichê, mas não é você, sou eu. Entende? - Não esperei ele responder, e continuei - Não estou ignorando você, estou ignorando meus sentimentos, ou pelo menos tentando. Ficar longe de você, por mais difícil que seja é a única maneira de me fazer bem, e mal, não sei explicar.

- Ainda assim, não consigo entender.

- Você não precisa entender, só apenas me compreenda. Para você, suponho que não há nada de mais, mas para mim sim. Eu estou bem assim, sinto que a cada dia eu consigo superar e aceitar que você não será meu.

Ele ficou calado, apenas me olhando. Acreditei naquele exato momento que ele estava começando a compreender o que eu dissera. Então, levantei, meu coração estava doendo, minha vontade era de abraçá-lo, mas sabia que isso só tornariam as coisas piores.

- Desculpe - disse eu - Não queria que nossa conversa terminasse assim, mas não há mais nada a dizer, então acho que vou indo.

- Ok.

Foi tudo o que ele disse.

(-G)

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''Quando a vida lhe ofereçe um sonho muito alem de todas as suas espectativas é irracional se lamentar quando isso chega ao fim''